sábado, 17 de janeiro de 2015

QUE MÚSICA TOCAR?


Três rápidas e duas lentas?

O que Deus quer ouvir?
Para que tem que ter música nos cultos? Ah esta é fácil! Ninguém aguentaria um culto só com alguém falando e todo mundo ouvindo...

A música nos cultos foi inserida para agradar as pessoas e para entretê-las, e suavisar a experiência de uma palavra que as confronte, ou mais da graxa que vai fazer que as engrenagens das palavras de positivismo nos leve a entregar nossos dízimos e trazer ofertas no próximo domingo?

O que Deus quer ouvir?
Quem inventou este negócio de música nos cultos? Esta é difícil? 

Pois foi Moisés! Quando o Mar Vermelho fechou-se atrás dele, Moisés pela primeira vez na história. PRIMEIRA VEZ! Compôs uma música para Deus. Pela primeira vez uma Música foi cantada para Deus; pela primeira vez instrumentos musicais foram usados para Deus (Miriam com seus tamborins), pela primeira vez houve dança para Deus... PELA PRIMEIRA VEZ!

A música já pré existia? Claro que sim! Se Miriam tinha consigo tamborins é porque já havia música. Mas, para Deus... Foi a PRIMEIRA VEZ.

A música que já existia desde os primórdios do ser humano, certamente estava na Arca de Noé, se não é claro! Teria sido afogada nas águas do Dilúvio... Mas, quando Noé e seus filhos descem da Arca, não adoram a Deus com música... Usam sacrifícios, a exemplo do que fizera Abel na Antiguidade... Um sacrifício de Sangue.

A música que certamente esteve na Arca, que havia no Egito, que havia nos povos de habitavam a Terra Prometida, pra quem era? Para a diversão dos próprios homens, para o culto dos seus próprios deuses... Sim, talvez!

Mas, a grande mudança no padrão de Adoração, quando o povo viu-se livre do Egito, povo que continuaria por séculos, adorando a Deus com holocaustos e sacrifícios, nos altares primeiro no deserto e depois em Israel, foi um impacto não só neste planeta, mas, no UNIVERSO. 

A PRIMEIRA MÚSICA, Deus nunca vai esquecer!

Que música Deus quer ouvir?

Bem, no Céu, Ele já disse qual vai ser O REPERTÓRIO!

E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e admiráveis são as tuas obras, ó Senhor Deus Todo-Poderoso; justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos séculos. (Apo 15:3)

A primeira Música composta para Deus, exaltava todos os feitos do Todo Poderoso para arrancar O Seu povo do Egito e da Casa da Servidão.

E O Cântico do Cordeiro, que música seria esta? Quem seria o Autor? Claro, O Cordeiro! Claro, O Corpo de Cristo... Claro, você e eu... Claro, está ainda sendo composto... Claro, está ainda sendo escrito... A cada vida salva e transformada, mais um verso... A cada livramento, a cada transformação, a cada família alcançada mais uma estrofe... Se O Cântico de Moisés exaltava os feitos poderosos de Deus para livrar o Seu povo do Egito; O Cântico do Cordeiro exaltará os feitos poderosos de Deus para arrancar a Igreja do Mundo e do Pecado... Tudo pelo Sacrifício que Jesus Cristo fez por Amor de nós. O Cordeiro de Deus que tira o pecado do Mundo!

A Exaltação, a Lembrança dos Testemunhos, a Gratidão pelos Livramentos, mas, cantados PARA ELE!

"Grandes e admiráveis são as tuas obras", "justos e verdadeiros são os teus caminhos"

Os Cânticos de Moisés e do Cordeiro, são ditos para Ele, são ministrados em Segunda Pessoa... Para Deus... A ADORAÇÃO É PARA ELE!!!!

Moisés compôs outras músicas e salmos, certamente todas gerações cantaram para a próxima os feitos poderosos do Nosso Deus, quando libertou o seu povo do Egito, mas, quando cantamos para as pessoas para anunciar o que Deus fez, isso não é ADORAÇÃO! É PROCLAMAÇÃO! Fazemos isso com O Louvor o tempo todo. Nós contamos através de canções coisas que Deus fez, livramentos que nos deu... E são estas as músicas mais alegres... claro!

As pessoas precisam saber que Deus nos transportou das trevas para a Sua Maravilhosa Luz, fazemos isso pregando, testemunhando com atitudes e contando para as pessoas o que Deus fez por nós, e fazemos isso juntos nos cultos quando cantamos louvores... Fazemos isso e temos que fazer de forma consciente, como parte do nosso Sacerdócio, O Sacerdócio de todos os Santos... É muito mais do que três rápidas! É muito mais do que músicas que as pessoas gostam, ou músicas para agradar as pessoas, são músicas que cumprem uma função: ANUNCIAR A CRISTO E O DEUS DE AMOR.

O Culto que damos para Deus em nossa igreja precisa ser Racional, ao mesmo tempo é um culto individual, cada cristão deve aproximar-se de Deus pelo Sangue do Cordeiro e pelo poder do Espírito Santo, mas, como Igreja, na Comunhão dos Santos, precisamos nos preparar através de oração, concordância e RAZÃO. Sim, o Culto que damos a Deus é o nosso Culto RACIONAL, precisamos pelo Espírito Santo, sermos guiados ao Alvo que Deus tem para cada reunião, para cada vez que juntos invocarmos O Seu Nome...

Por isso, haverá reuniões em que deveremos Proclamar O Evangelho através da Música, porque o alvo de tal reunião é que pessoas que estão presentes saibam quão Grande e Misericordioso é O Nosso Deus.

Haverá reuniões, em que todos precisam ser confrontados ao quebrantamento e ao arrependimento, para chegarem-se a Deus em Santidade.

Haverá reuniões em que o coração dos presentes por maduros que são desejarão A Sala do Trono, e a Adoração aberta, clara, direta é o que todos desejarão... Falar diretamente ao Pai, o quanto todos o querem...

Haverá reuniões em que um caminho precisará ser percorrido, semelhante ao caminho que os sacerdotes percorriam desde o meio da congregação de Israel no deserto, passando pela Porta Multicolorida que anuncia O Caminho para as pessoas; passando pela Altar do Sacrifício que aponta para a Cruz e nos leva ao quebrantamento; passando pelo Lugar Santo onde há Provisão e Revelação e chegando ao Santo dos Santos onde há intimidade para com Deus... É claro que para que conscientemente se percorra este Caminho é necessário haver tempo e por isso O Culto é Racional... Para onde vamos? O que Deus espera de nós hoje? Qual direção Deus está dando para nossa Igreja neste tempo? O que Deus tem falado com quem vai pregar a Palavra hoje? Todas estas incógnitas são desafios agradáveis para quem quer fazer a VONTADE DE DEUS, através deste Ministério tão lindo que é conduzir a Igreja através da Adoração e do Louvor, usando música, canto e dança...

Nisto, as músicas antigas são fundamentais... Seu Deus pediu A PRIMEIRA, as Antigas ainda tem espaço em nossos cultos; As novas composições, O Cântico Novo, como declara A Palavra; Músicas de Louvor, de Exaltação, de Intercessão, de Quebrantamento, de Adoração... Há espaço para tudo, mas, O FOCO, não são as pessoas, o que elas gostam de ouvir, mas, DEUS E O SEU PROPÓSITO.

Há tanto a acrescentar: o zelo pela Palavra no que será cantado, muito mais do que com a métrica e com as rimas; o zelo dos ministros de adoração pela Santidade (que não é "não pecar" - é impossível para nós, mas, o odiar o pecado e o lutar contra o que nos afasta de Deus até o sangue), o esforço pelo aperfeiçoamento técnico dos músicos, cantores, a sonorização... O entendimento que os que dançam não apresentam-se à congregação como num Show, mas, estão ali, para despertarem a congregação a manifestarem-se a Deus com seus corpos, gestos, com toda a Sua Força...

Tudo o que quero, é poder chegar Naquele Dia, Naquele Glorioso Dia, em que (agora seguem os meus pensamentos das coisas lá do alto), todo o Universo vai silenciar, porque será a minha hora de cantar meu versinho, ou minha estrofe, do Cântico do Cordeiro... Naquele Glorioso Dia, eu vou contar, eu vou cantar, que Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas... Vou cantar que Ele perdoou o mais terrível pecador, que Ele fez muito mais além do que eu podia pedir ou pensar, e que se houver alguma coroa em minha cabeça que Ele me deu, Digno é Ele de a receber, e talvez junto com o meu canto, do Canto do Cordeiro, poderei ao Som da Música Celestial, arrancar minha coroa, como parte de minha dança diante do Trono de Deus e do Cordeiro, e respeitosamente me prostrar e apenas empurrá-la ao que é Digno... O Meu Rei, O Nosso Deus, Coroado com muitas coroas...


Paulo de Tarso, Apóstolo
Igreja Apostólica Betlehem